Muito se diz sobre a origem da flor de lapela. Há quem diga que surgiu durante o noivado do príncipe Albert com a Rainha Vitória no século XIX. Tendo um dia ele recebido de sua noiva um pequeno ramalhete de suas flores preferidas e não sabendo onde colocá-lo, tomou um canivete e abriu um pequeno corte na lapela de seu paletó, neste corte, ele introduziu o delicado ramalhete para lembrar de sua amada cada vez que sentisse o aroma das flores.
Já outros, relatam que a flor de lapela, também conhecida como boutonnière, já existia muito antes desse acontecimento. Era um amuleto masculino contra o mal, que se tornou um acessório indispensável e de estrema elegância, voltado para ocasiões especiais. No século XVI, os homens colocavam flores presas na roupa para se proteger do mal e de doenças. Já no século XVIII, a moda masculina na Europa, era usar casacas com os botões de cima abertos e colocava-se uma flor na primeira casa (abertura do botão). No século XIX, a moda da flor de lapela cresceu junto com a descoberta do amor à natureza, motivada pelo romantismo. Para o homem fino e elegante, escolher o boutonnière era tão importante quanto outros acessórios, como um relógio de corrente e abotoaduras.
Não sabemos ao certo com surgiu, mas sabemos que ele faz toda diferença na hora do casamento.
Importante frisar que lapela não é o pequeno ramalhete de flores e sim a parte da dobra do terno na frente (perto do peito) que se coloca a flor ou o lenço. Alguns noivos preferem utilizar lenço à flor. Neste caso, não se usa o boutonnière e o lenço ao mesmo tempo.
O boutonnière é um clássico em qualquer casamento. Ela é uma forma de diferenciar o noivo dos padrinhos, pais, pajens e simboliza o afeto entre o casal. Ela é colocado do lado esquerdo do meio fraque, um pouquinho abaixo do ombro. É interessante que a flor do noivo seja um pouco diferente das outras para dar mais destaque. Entretanto, quando os trajes do noivo é diferente do traje dos padrinhos e pais, o boutonnière não precisa ser diferente.
A flor mais tradicional é o cravo branco para o noivo e o cravo vermelho para os padrinhos. Ou ainda, essa mesma lógica, só que usando rosas. Cravos e rosas são os tipos de flores mais comuns para o boutonnière. Porém, também podem ser usadas pequenas rosas, mini callas, orquídeas, jasmim, entre outras. Podem ser simples ou compostas com pequenos ramos, hastes, folhas. O que vale é a criatividade e o bom gosto dos noivos. O importante é que sejam elegantes e discretas. Em alguns casamentos os noivos optam em combinar as flores de lapela com o buquê, uma ideia interessante e alegre, quando os buquês são coloridos.
