CASAS COMPORTAMENTO

3 dicas para praticar o desapego e viver melhor

Sex, 23/Mar/2018

Há algumas semanas fiz uma matéria sobre a importância da organização (você pode ler clicando aqui! Sem bagunça: organização faz bem para saúde e para o bolso), e acredito que o consumo consciente está relacionado a este assunto. Uma prática que vem se popularizando, e devemos estar atentos. 

É interessante passar a entender o que é realmente necessário se guardar em casa, nas gavetas, no guarda-roupa. Se prestarmos atenção, o acúmulo de coisas acabam afetando de forma negativa o nosso bem estar. Porém, sabemos que não é tão simples se livrar de alguns objetos.

Vivemos em uma sociedade muito consumista, isso é um fato, mas, aparentemente, aos poucos estamos nos conscientizando. Você também percebe isso?! Feiras e eventos onde se trocam ou fazem compras com preços mais acessíveis estão ganhando cada vez mais a presença e o envolvimento das pessoas, assim como ouço cada vez mais pessoas buscando exercitar o famoso "desapego". Se você nunca praticou, acredite, vai ser uma das melhores sensações que você vai sentir na vida.

Especialista em arrumação e desapego, a japonesa Marie Kondo, autora do best-seller  “A Mágica da Arrumação – A Arte Japonesa de Colocar Ordem na Sua Casa e na Sua Vida”, em uma entrevista, explicou: “Ao colocar a casa em ordem, você ordena também seus afazeres e seu passado. [...] Como consequência, pode ver bem claramente do que sua vida precisa e o que pode dispensar.” 

Tirar um dia inteiro para arrumar toda a casa, agradecer aos objetos por ter cumprido o papel deles em sua vida e descartar tudo que for desnecessário, são três passos que Marie aponta como fundamentais para pôr em prática o desapego.

Todo mundo tem aquelas roupas ou aqueles objetos que não usa mais, mas não consegue desapegar, não é?! Seja por valor sentimental ou por achar que um dia será útil... enfim! No fim das contas esse dia de usá-los nunca chega, e tudo acaba ficando esquecido em um canto da casa, quando poderia estar sendo utilizado por outra pessoa. E é aí que está o lado bacana de se desapegar, sem falar das inúmeras vantagens que traz a quem desapega. Nessa prática todo mundo sai ganhando!

Com isso, separamos algumas dicas que podem ser úteis para você dar o primeiro passo ao desapego. Vamos tentar?!

1. Auto-controle

Não adquirir nada que não esteja necessitando, enquanto estiver desapegando.

DESAPEGO - CONSSUMO CONSCIENTE [ FOTO:REPRODUÇÃO]

Este passo é, sem dúvida, fundamental! Acumular mais coisas enquanto procura dar um novo destino para aquilo que você não usa, não faz muito sentido né? Vamos, antes de tudo, bloquear o consumismo e exercitar o auto-controle, passando a comprar só o que esteja ne-ces-si-tan-do no momento.

 

2. Juntar e analisar

Para roupas, sapatos e acessórios: junte todas as peças de uma categoria e comece analisando peça por peça desse segmento (Aqui você pode aplicar o método de Marie Kondo para cada peça, perguntando: "Esse objeto me traz alegria?") e ir separando-os em três nichos: 

Itens que eu uso:

Aqui será o espaço para tudo que você usa e não quer se desfazer, para poder usá-los um pouco mais.

Itens velhos:

Neste monte você vai colocar as peças que não estão em condições de uso, estas deverão ser descartadas. Por exemplo: itens furados, rasgados e semelhantes.

Itens que não uso ou não servem mais:

Aqui irão aquelas peças que você nunca usou, ou usou uma vez perdida e está esquecida no fundo do guarda-roupa, e aquelas que não te servem mais por "N" motivos, mas que ainda estejam em condições de uso.  Por exemplo: tudo que estiver esquecido, largo, apertado, que não fazem seu estilo ou com leves avarias, etc.

 DESAPEGO - CONSUMO CONSCIENTE  [FOTO: REPRODUÇÃO]

 

Para objetos,  há duas perguntas básicas a se fazer:

Eu usei isso nos últimos 12 meses?

Se esta peça não foi útil no último ano, é provável que você nunca volte a usá-la e nem lembre de sua existência. É hora de analisar o estado dela e vê se deve ser descartada ou passada a diante.

Eu compraria isso hoje?

Aqui você tem que usar a sinceridade com você mesmo, não vale se enganar. Se você não gastaria para ter aquela peça é provável que ela não faça diferença na sua vida e na sua casa, e só está ocupando um espaço que poderia ser destinado a algo novo que você queira e estaria sendo útil. Desapega! 

 

 

 

 

3. Desapegando

Após análise de todos os objetos e peças acumulados, vem a parte mais importante: "O que fazer com as peças e objetos que estão em bom estado, na pilha "Não uso/Não me serve mais?" Estes poderão ser subdivididos e entregues a dois destinos:

- Serem colocados à venda e/ou trocados por itens que você esteja procurando, em feiras físicas ou onlines;

Nesse caso,  você deve levar em consideração o estado da peça, e encontrar uma forma de divulgar bem o seu produto.

 

 

- Serem doadas à quem precisa; 

Desta forma você não terá o retorno financeiro, porém, a sensação em ver os itens doados sendo realmente utilizados por outras pessoas é uma sensação satisfatória maravilhosa!

 

Quando você começa a praticar o desapego, a vontade de consumir acaba diminuindo aos poucos, fazendo com que você mantenha um controle e não compre as coisas por impulso. Lembre-se da seguinte frase de Rachel Zoe: “É melhor ter menos peças de qualidade do que muitas descartáveis e dispensáveis.”. O resultado é bom para o seu bolso, para o seu lar e principalmente para o seu psicológico. Desapegar desde pequenas coisas que estão guardadas por muito tempo, aos maiores móveis que você não se identifica, é uma forma de libertação. Será um livramento transformador! 

Se você pratica o desapego ou ficou com vontade de tentar, me conta tudo sobre a sua experiência aqui nos comentários depois. Quero saber! 


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